Este livro trata das sutis possibilidades dos homens se esconderem atrás das várias máscaras, que vão sendo construídas ao longo da ida.
Você já se deparou com um homem aberto, transparente, flexível e totalmente sincero? Que conta tudo o que está ocorrendo com ele, desde medos e fracassos, até as fantasias impronunciáveis? Pois é, parece que essa alegoria não combina muito com o masculino, nem hoje, nem nunca!
Homem, que é homem, se esconde...
Vão aprendendo, com o tempo, como não demonstrar seus sentimentos e emoções, as mais variadas, podendo inclusive se enganarem de que não estão sentindo nada. Aquele famoso e, aí sim, amplamente pronunciável: "Está tudo bem comigo!"
Usam e abusam das diversas máscaras. Vergonha e medo, não mostram nunca. O mundo interno pode estar (desmoronando, amargo e descolorido) caindo, mas por fora, parecem invulneráveis, quem sabe até sorridentes e sexualmente ativo.
Metafórica ou simbolicamente, portanto, a máscara é uma forma de o homem não expor os traços mais íntimos de sua personalidade a qualquer um, de modo a preservá-los para si mesmo e permanecer seguro, em sua interação com os outros, seja no trabalho, com os amigos ou com a esposa e os filhos.
Mas, o que acontece quando ele percebe que podia ter vivido sem as "camisas-de-força" impostas pelas máscaras? Afinal, o que foi feito da sua vida? Quem poderia ele ter sido (que pessoa teria sido) se as máscaras não tivessem escondido o melhor de si mesmo?
Homens e suas máscaras: a revolução silenciosa
Luiz Cuschnir
Elyseu Mardegan Jr.